11/10/2006

Take 3 - Western-chanfana ou será barroco?

Leg: Pelos cornos de Belzebu, o Beralt Tin recusou carne pela primeira vez na vida. Pudera, comer uma cabeça de cabrito às onze, só com o estômago forrado a whisky! O barroco alegórico ou um bom gregório


Mas afinal que filme é este, um western português, para quê?
É a pergunta meio incrédula, meio divertida que toda a gente nos faz.
Ora a resposta é fácil - é um filme para nada, e por isso até pode bem ser um filme nihilista. Nós entendemos que é um filme gótico e barroco, imoral e moral, expressionista e “noir”, humano e desumano, um filme esperança e um filme desesperado.
Como dizia numa das entrevistas para o “making of” Leonel Barata, o nosso agente de ligação a Janeiro de Cima, produtor-para-todo-o-desenrascanço e também actor nas horas vagas da sua outra paixão, o restaurante “Fiado”:
- Não sei bem o que vai ser este filme ou se as pessoas vão gostar, mas sei se o filme transparecer todo o trabalho, voluntarismo e paixão que lhe dedicamos, então será certamente um épico!

- É pegar-lhe pelos cornos e dar uma dentada, tás a ver. Mário Fernandes, Marius, Tigana ou Little Ford mostra como se pega nos cornos da besta e se dá uma épica dentada


Depois desta grande aventura que foi fazer um western na Beira Baixa, o único público que queríamos mesmo que gostasse do filme é o bom povo de Janeiro de Cima, que recebeu esta cambada de malucos da quadrilha selvagem com carinho e apoio incondicional. A ante-estreia está marcada para daqui a um ano no Bar Passadiço, mas antes a quadrilha selvagem mais divertida do western-chanfana (e não spaghetti, como rezam as más línguas) regressa ao local do crime, porque ainda me falta limpar o canastro ao Beralt.
Make my day, punk!

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