5/17/2005

Maltratado de frases freitas - Os microcontos

"Espero o tempo que for desnecessário - dizia a tabuleta na porta da sala de espera do meu dentista"


"Suavemente e com gentileza, o copo inclinou-se sobre os seus lábios áridos."


"A ampulheta tinha um furinho e por isso a areia movediça esvaíu-se na palma da minha mão. Definitivamente, não há volta a dar ao tempo."

"O reino foi varrido por uma vaga de frio ártico e o tesoureiro-real descobriu que não havia cobertores suficientes para tapar os pés da monarquia tilitante."

"A torneira respingava. O canalizador, cofiou o bigode e diagnosticou um resfriado."

"Uma borracha de água quente e os teus pés entre os meus. Este é o Inverno do nosso contentamento."

"Parei, escutei e olhei ... como de costume, nem sombras de um combóio."

"O anão sentou-se num penico em cima da lua. Fumou um maço de gauloises enquanto dizia asneiras porcas aos anjos que por ali passavam."

"Queimei a língua no leite quente e fiz uma careta de dor - pensou Edward Munch enquanto pintava o grito."

"A velha mosca tombou no prato de marmelada que vivia no aparador da Tia Hermínia. Ali ficou para fóssil, cristalizada como um doce de bolo-rei."


"A língua dos anjos ficara cor-de-laranja de tanto comerem gelados de manga às escondidas de Deus. Um deles ficou com dor de barriga, e assim nasceu na doçaria celestial a famosa barriga de anjo."

"Provavelmente a melhor forma de ser feliz é não pensar muito nisso, pensou demoradamente o filósofo enquanto tomava um banho de imersão."

"O diabo tocava concertina num café em Montparnasse."

"De cabeça perdida, S. Cipriano atirou-se aos leões que nem um tarzão."

"O menino lambeu a colher devagar e suspirou, já com saudades das farófias da Avó Piedade."

"O desdentado sorriu com sinceridade e os seus dentes reluziram que nem marfim."

"O diabo comunicava com os seus pactuantes através de walkie-talkies e sempre em frequência maldita."

Sem comentários: