Bola de sabão clarim
No dia em que engoli o fogo
Soprei bolas de sabão Clarim
No dia em que bebi o mar
Arrotei a postas de nada
No dia em que devorei o ar
Escutei gritos de querubins em queda livre
No dia em que fiz amor com a terra
Senti musgo a florescer no meu ventre
E miosótis prosperando na carne podre
E depois adormeci à sombra do vulcão
Com uma garrafa de whisky na mão
Com o pranto choroso das pedras de gelo
Que se desfaziam em cubos de lágrimas
Para o copo que jazia vazio
Num velório das sombras mortas,do
Fogo, da água, do ar e da terra.
Sem comentários:
Enviar um comentário