Públicozinho
O novo “Público” está nas bancas, se por acaso o tema venha à baila num almoço de negócios à laia de desbloqueador de conversas, e se não teve vagar de ver o novo jornal, eis algumas dicas para se desenrascar e não passar por bronco ou info-excluído:
Se quiser parecer “fashion”, positivo, anglo-saxónico e politicamente correcto diga: “Está tão clean e arejado, parece o Guardian. Tem mais leitura”
Se preferir a dúvida como método, diga: “Acho que está bem arrumado, mas agora tudo depende dos conteúdos. Já se sabe que ninguém tem paciência para ler, ainda mais com a Internet.”
Se preferir a verdade pode dizer simplesmente e por batidas, como se fosse um rapper:
“O Público está cor de laranja”
“O Público parece aquelas laranjas viçosas que se vêm nos supermercados, mas que quando se descascam estão mais secas que uma pevide”
“O Público está muito parecido com o DN”
“O Público agora é a cores, mas as notícias ainda são a preto-e-branco”
“Desculpe, mas o único diário de referência que conheço em Portugal é o El País”
“Dizer que se abre o jornalismo a uma nova era, e à sociedade só porque se tem duas páginas sobre o fenómeno You Tube, parece-me um bocadinho pretensioso.”
Se preferir ser lacónico e místicos:
“Como dizia um velho provérbio chinês que acabei de inventar - Não basta mudar de peúgas para encontrar um novo caminho.”
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