10/13/2005

Derrotado mas não vencido

Estive a analisar os resultados eleitorais e a beber chá de menta com whisky por causa do catarro do fumador.
Quero por isso agradecer neste momento a todos aqueles que me apoiaram neste movimento de cidadania asinina, incluindo ao meu director de campanha que fugiu com a massa para Coritiba.
Assumo a derrota eleitoral, mas gostava da partilhar com os Serviços Municipalizados de Loures, com o cão do Cebolinha, com a Construtora do Lena e com o Dr. Jorge Coelho, pelo seu apoio aos burros do País.
Queria também mostrar-me solidário com o burro Carrilho, cujas orelhas oblíquas são o orgulho da espécie, e o far-play um rebuçado para a tosse.

Derrotado mas não vencido, porque o movimento asinino conquistou o seu espaço em Lisboa, mostrou que os burros já quase podem votar.
Em Lisboa houve cinco que foram às urnas na Encarnação, e estiveram quase a votar, não fosse o cheiro nauseabundo que denunciou a falta de cartão de eleitor.
Com esta afluência às urnas duplicamos os resultados em relação às últimas eleições, por isso mais do que uma meia derrota, a candidatura por Lisboa foi uma meia-vitória.

Mas congratulo-me de ver um movimento de fundo das massas asininas que acorreram em euforia Evangelista às urnas de Felgueiras, Oeiras e Gondomar. O povo é cabrão dizia o comentador iracundo, mas nestas eleições viu-se a força da burrice. O povo é mas é burro, por isso este burro tem futuro.

O burro está por isso em pé, e prometo que no próximo dia 9 anuncio a próxima batalha eleitoral em que conto com o apoio de todos os burros deste país, a começar pela esmagadora maioria de Oeiras, Felgueira e Gondomar e também por Santarém, onde os burros elegeram Moita Flores para edil. Uma má notícia para os campinos, mas uma boa notícia para a televisão portuguesa que agora se livra deste valentíssima melga.

É por isso que acredito neste país, é por isso que o país precisa de um burro que de vez em quando puxe o autoclismo e mude o papel higiénico.

Com o burro no poder, o piaçá junta-se à foice e ao martelo.

Burro em pé, burro em frente.

1 comentário:

Anónimo disse...

De estupidez em estupidez... Até à estupidez final, perdão, fatal!