1/09/2004

Puta que pariu o Fado !

O fado

Ou ...

Sinto um Vazio
Que me carrega
como um Escravo
de fardos,
ou de cardos

O peso da tua Ausência,
contrai o meu estômago
em espasmos de Dor.
Sofro em Silêncio,
na Sombra dos olhares dos outros
buscando o Aroma doce do teu Olhar
O Amor fugitivo escapa-se,
Com os ventos furtivos das Tardes
Revolvo o meu Âmago com ânsias,
cansaços, e cacos de memórias
Que sem ti são amnésias

O teu hálito quente desprende-se de vez da minha pele
Começamos um Romance com a vela a meio
Da Chama sobram as cinzas
E a cera que me marca as mãos
Como a Memória que se apaga
Do nosso Amor
E a glória da minha profunda Dor

Sofro em Silêncio
Mas nas quatro paredes do Meu Ser
Soam Ecos terríveis
de prisioneiros torturados,
de Sonhos flagelados,

Suspiro só
Com olhos colados nas gotas de chuva
Que serpenteiam na janela,
Com a mesma graça com serpenteava
meus dedos, nos anéis dos teus cabelos

As Lágrimas que jorram pelo meu rosto
São de Fel.
São lágrimas acres que queimam
As gotas da chuva e as Lágrimas
misturam-se num Cálice que bebo
Amargo
Como amargas são as laranjas,
Que descasco para ti, Amor,
pela Manhã

As laranjas já não são doces,
São amargas e mirradas,
As Tardes são de trevas
E as Noites de terror imaginário
Deito-me de Luz apagada,
Acordo de luz apagada

A Melancolia invade os meus dias Tristes,
Como uma epidemia Fatal
Perco-me na tua Ausência,
e alimento-me da Solidão e de laranjas amargas.

Da vida só espero a Morte,
desesperadamente e sem esperança
Porque para morrer era preciso estar vivo.
Sem ti, não estou.

ou
.... Como produzir um chorrilho de banalidades e ter o descaramento de lhe chamar Poesia.


hi, hi, hi

Despudoradamente
V7

Sem comentários: