7/29/2008

Tudo como dantes quartel-general em Abrantes

Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes. Tudo na mesma como a lesma.


Regressar à pátria do cavalo lusitano e encontrar tudo desarrumadinho como dantes é uma sensação que dá muito conforto e segurança a um viajante.

Ainda há sardinhas, e das boas, mesmo com uma mais espapaçada a antever Agostos.

Os caracóis andam a banhocas em oregãos.

O país continua aos tirinhos a sonhar que vive num faroeste. Antes fosse, e um do Ford, já agora. Ciganos acusados de terem PlayStations, que toda a gente sabe ser o limiar mínimo da pobreza nas sociedades desenvolvidas como as nossas.

A esquerda que clamou por bairros sociais a dizer que a culpa é dos bairros sociais.


O que faz falta é dar um voucher-habitação a um Lelo para banhos na piscina do condomínio de uma família do Restelo, e ter os gitanitos descalços a dedilhar harpa como querubins e a soletrar "As Afinidades Electivas" de Goethe com os seus colegas cabo-verdianos no Colégio Alemão.

A direitinha de boas famílias, que é a favor do segredo bancário, especialmente do suiço, a ulular com o calote do rendimento mínimo, como se fosse "blood money" para pagar cartuchos. Enfim, os foguetes-fátuos do costume .
A época idiota, cá é o ano inteiro. É a tótózice ideológica à desgarrada.

Depois há o Benfica, que sem floreados, continua a perder com o Sporting e a deixar sair um por um os poucos jogadores que ainda sabiam o que fazer num relvado (Rui Costa, Rodriguez, Petit, só falta o Katsouranis e o Luisão para a desgraça ser completa).

O Cravinho, ah esse, malandreco, voltou a acenar com o isqueiro aos rabos de palha do PS, no celeiro da corrupção. E de fogaça e fumaça, para já é tudo, de resto, labaredas para repórteres de piquete de TV só na Grécia, onde os editores andam a banhos em Santorini ou mesmo em Lesbos, já a programar telelixos de reentrè ao sabor de daiquiris e piñas coladas.

E que mais? Um espanhol ganhou o Tour e o Barak Obama acabou a sua "tourné" europeia, decisiva para as eleições americanas, especialmente se tivermos em conta o granículo detalhe que os europeus não votam na Flórida, mas gostavam, especialmente se pudessem usar um fato de linho como o Don Johnsson.
Eu pelo menos gostava de ter um fato de linho Zenga, votar na Flórida, comer caranguejos e ver pin-ups a patinar à sombra de palmeiras.
Como não posso, fico por cá em Abrantes a debulhar caracóis, que como toda a gente sabe são parentes desavindos das lesmas. Que bom é Portugal, sempre igual a si mesmo.

PS: em rigoroso dolby surround com pnethomem

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